quinta-feira, 24 de maio de 2012

Princesa da vida


No dia 24 de maio de 2011 conheci Diana. 26 anos, casada e frustrada. Infeliz mesmo. Eu mal podia acreditar que uma princesa como aquela dizia palavras tão doídas que faziam meu coração parar por instantes. Diana não conseguia entender onde errou, quem errou, em que momento não percebeu que tomou a decisão mais equivocada de sua vida. Costumo dizer que de errado nada tinha (tudo estava mais certo do que nunca).

A vida é eterna. Não acaba. As pessoas não surgem umas na vida das outras por acaso. Um pingo não cai do céu à toa. É a lei do AMOR SUPREMO. Embora não tenhamos lembranças, escolhemos nossos caminhos, nossa familia, nossos amigos, nossos amores. A cada novo dia ganhamos uma linda oportunidade de aprendermos com nossos erros e acertos. Temos a chance evoluirmos com as relações humanas. Relações essas, que podem ser um bate-papo com um desconhecido em um café ou bar. Com um colega de trabalho. Um irmão ou irmã. Chefe. Namorado. Marido. Ou até mesmo com alguém que nosso "santo" não bate. Cruzamos no caminho uns dos outros porque precisamos, porque um dia, certamente, fomos ligados de corpo e alma entre as nossas ínumeras vidas...

Diana não conseguia entender nada disso. Balela! Sua vida estava de cabeça para baixo. Seu castelo tinha desmoronado. Ela sentia-se traída, enganada. Ela achava que não restavam motivos para viver. Sabe aquelas histórias hitórias que você escuta e acha que nunca irão acontecer? Prazer, meu nome é Diana, a premiada!, diz a princesa. Divórcio é um saco, separação é uma droga. Desgastante. Resulta em perda de peso. Conflitos. Depressão. Todos começam a dizer: eu disse... eu sabia... eu avisei. Arghhhh! A boazinha princesa sentiu vontade de gritar aos quatro cantos do mundo um monte de verdades por inúmeras vezes. Não queria que ficassem com pena dela. De coitada ela não tem nem a cara. A sensatez prevaleceu. "Existem coisas que não precisam ser ditas. Todos sabem e se fazem de loucos."

Horas... Dias... Meses... Alguns estudos afirmam que o ser humano é capaz de adaptar-se a qualquer ambiente em três meses. Diana não é parâmetro. Eu diria que ela é capaz de acostumar em um dia. Mudar em segundos. A sociedade pode chamar isso de bipolaridade, loucura. Eu chamo de intensidade. VIDA no sentido literal da palavra. A princesa fez coisas, superou limites e renasceu de situações que até Deus duvida. Não é fácil ser sempre do jeito diferente. Não é fácil ser a filha ovelha negra. A esposa de fachada. A mulher divorciada. Nãé é fácil ser a amiga "louca" sempre recheada de aventuras para contar. Não é fácil ser um espelho para a irmã mesmo quando não gostaríamos que fosse. Não é fácil não ter medo de não ter medo de nada. Não é fácil se arriscar. Não é fácil amar. Só não sofre quem não ama. E esse, não é o caso de Diana.

Dia 24 de maio de 2012 conheci uma nova Diana. 27 anos, feliz. A vida lhe ensinou que quanto mais caímos mais queremos cair. Quanto maior, melhor o desafio. Que até o impossível é possível. Não existem limites para a princesa. Não existem conflitos internos nem monstros dentro dela que serão capazes de tirar o amor que existe em seu coração. Algumas pessoas nasceram para fazer o bem. Algumas pessoas não querem ser normais. "Prazer, eu sou a Diana."