terça-feira, 20 de outubro de 2015

Quando Diana resolveu crescer

Há 4 anos ela mudou.
Há 4 anos ela acordou e percebeu que jamais seria a mesma.
Há 4 anos ela já não acredita em meias palavras.
Há 4 anos seus valores se inverteram.
Há 4 anos ela aprendeu a viver consigo mesma.
Há 4 anos ela ainda sente dor.
Há 4 anos ela sonha em esquecer.
Há 4 anos ela espera um remédio que faça apagar momentos de sua mente.
Há 4 anos ela sente vergonha. E às vezes sente-se uma imbecil.
Há 4 anos ela engasga e tem vontade de vomitar.
Há 4 anos ela lembra de muitas coisas que não queria lembrar.
Há 4 anos ela sente raiva de si própria.
Há 4 anos ela mudou.
Há 4 anos ela despertou para mundo.
Há 4 anos seu castelo desmoronou.
Há 4 anos ela descobriu quem ela é.
Há 4 anos ela se refaz dia após dia.
Há 4 anos ela é livre de mentiras. Livre de hipocrisias. Livre de fantasias.
Há 4 anos ela escolheu viver.
Há 4 anos ela amadureceu muito mais do que gostaria.
Há 4 anos ela descobriu e amou a ideia de que jamais seria a mesma.
Há 4 anos ela deixou se ser cuidada e passou a cuidar dela e do mundo.
Há 4 anos ela criou asas e voou...


quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Superação

Você já superou? Algo que Diana costuma ouvir com frequência. Ela costuma dizer que sim e tenta acreditar fielmente em suas palavras. Mas seus olhos não mentem. E só eu sei decifrá-los.
Superar é esquecer, deixar de lado. Tornar aqueles momentos quase que transparentes. Conseguir dar início a novas histórias sem medo. Sem "conflitos" ou "monstros internos".
Inúmeras tentativas. Todas sem sucesso.
Admiro Diana. Ela não desiste. Continua caminhando. Dorme e a acorda pensando em soluções.
Por muitas vezes acha que esqueceu. Sente que tudo não passou de um sonho e não se importa em tocar no assunto. Balela. Como a princesa aprendeu a mentir viu? Chega a me espantar.
Diana aprendeu a conviver com a frustração. Aprendeu a sobreviver. Descobriu que a vida continua e que não há nada que ela possa fazer para apagar suas escolhas equivocadas.
Algo mudou. E ela não sabe explicar o que. Uma busca infinita e interminável. Rostos, corpos, lugares diferentes. Uma ferida que não cicatriza nunca. Que de tão profunda parece fazer parte dela.
Conhecemos juntas pessoas com histórias semelhantes, com dores intensas e corações partidos. Você aprende com o outro. Percebe que não é unica. Que não possui exclusividade. Talvez a chave para a superação esteja aí. Se doar. Transformar a dor em inspiração. Em doutrina.
Eu sou o lado consciente de Diana. Sou eu que a puxo pelos pés, que fecho seus olhos e que lhe dou esperanças para acreditar que apenas o sofrimento é capaz de nos transformar...


quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Abaixe a cabeça e espere

Quantas vezes você se sentiu boba? Quantas vezes ajoelhou e pediu uma luz, só uma e nada mais!?
A gente sabe o que precisa fazer. Tem apenas dificuldades para acertar o caminho.
Somos bons em dar conselhos, devoramos textos de auto ajuda. Acordamos com sede de conquistar o mundo mas no final do dia jogamos todas as expectativas no lixo e voltamos à estaca zero. 
Por que não conseguimos praticar o bem com a gente mesmo?
Por que insistimos com os mesmos hábitos, pensamentos e atitudes?
Seria bom se soubéssemos.
Tá bom que as mulheres são frágeis e ponto final. Mas tínhamos que ser tanto? Injustiça nosso corpo e mente serem tão sensíveis. Dói sabia?
Queremos ser as melhores em tudo e na ânsia de abraçar o mundo nos tornamos incompreendidas.
Como não criar expectavas no outro? Não esperar? Não desejar?
Creio que isso seja impossível. Ou melhor, isso só serve no desamor.
Como dizia um anjo que cruzei nos caminhos da vida, só não sofre quem não ama. E é bem por aí. Uma hora os tropeços vão diminuir, a saudade se tornará espaçada e o frio na barriga já não será o mesmo. O coração fecha a porta e a dor vai embora.
Às vezes tudo o que precisamos é abaixar a cabeça, fazer uma oração e resistir a tempestade. Ou simplesmente ir embora com a chuva e o vendaval.
As tempestades em copos d'agua uma hora vão embora...


segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Cuide bem do seu amor próprio

O convívio com Diana faz bem a saúde. Sua alma é leve, quase transparente e chega a flutuar. Ver o jeito dela me faz lembrar dos sonhos da juventude. As mulheres crescem com valores e ideais muitas vezes impostos pela sociedade. Ter obrigações. Faculdade, trabalho, marido, filhos. Aos 30 anos, se você não completou pelo menos três itens acima pode ser considerada fora do contexto. Problemática. Aquela que não teve sorte na vida. Vejo muitas mulheres possuírem tudo isso e mais um pouco e não serem felizes. Preferem fazer parte da maioria e esquecem quem são ou o que gostariam de ter sido. Esquecem não, fingem. Porque na hora de deitar a cabeça sobre o travesseiro ninguém consegue fugir da consciência ou dos pensamentos, sejam eles bons ou ruins. A leveza na alma de Diana foi cruelmente conquistada. Doeu. Ôôô se doeu mas passou. As vezes os sonhos da juventude precisam ser quebrados em mil pedacinhos para dar lugar ao amor próprio. A felicidade não é sinônimo de casamento, marido e filhos apenas porque é o que todos esperam das mulheres. A felicidade é o bem estar em decidir como e onde estar. É olhar para o espelho e ter a certeza que o segredo da plenitude está dentro de nós mesmas. Dizer te amo para si própria não é uma tarefa simples, nem rápida mas é viável. Ser "livre para poder buscar um lugar ao sol", definitivamente, vale MUITO a pena.




domingo, 22 de junho de 2014

A cegonha vai aí...



Nas próximas horas você chega ao mundo. Sua mamãe vai ler esse texto hoje mas um dia nós conversaremos juntos sobre ele. Algumas histórias não podem deixar de ser contadas.

"Pequeno baby gan,
faltam aproximadamente quatorze horas para você deixar a barriga quentinha e segura da sua mamãe. Você vai sentir medo mas não se preocupe. Além do papai, da mamãe, irmãzinha, vovós, vovôs e titios, existe uma fila de pessoas cheias de amor pra te dar. Aliás, já esperávamos por você antes mesmo de saber da sua existência. Sabe, essa menininha que te carregou por quase 42 semanas é muito especial. A conheci quando ela ainda era um bebê (e eu era um bebê e meio..rs). Vivemos tantas aventuras que você não pode imaginar. Histórias que até Deus duvida. Quando você tiver 18 anos, prometo que sentaremos em um boteco e entre um copo e outro de cerveja revelarei algumas de nossas peripécias. Mas não se se assuste, foram travessuras do bem, coisas que você vai se orgulhar. Sua mamy parece frágil mas é uma das mulheres mais fortes e decididas que já conheci. Ela nunca se importou com que os outros achavam ou falavam. Sempre foi autêntica. Somos parecidas nesse quesito. E no final das contas, é o que mais importa nesta vida: viver. Do jeito que der, do jeito que a gente quiser. Nunca tenha medo de arriscar, de errar, de experimentar. Nunca se importe com o "politicamente correto". Não pense como todos e não tenha medo. Sua mãe nunca teve. Você vai aprender a lidar com o jeitinho dela.. Ela pode parecer boazinha demais às vezes mas é só fachada viu? Ela é brava quando precisa... você tem que ver! Depois de uma bronca o sorriso dela vai encher seu coração de ternura e aí você vai compreender que tem a melhor mãe que poderia ter. Seja bem vindo ao nosso maluco e fascinante mundo anjo Gabriel. Nós vamos viver um monte de aventuras juntos. Prometo. E promessa é dívida. Daqui a pouco te darei um beijo pessoalmente! Amei sua mãe desde o primeiro dia que a vi. Já te amo infinitamente."

sábado, 24 de maio de 2014

Ritual de grinalda

E a vida sempre nos reinventando e deixando tudo de pernas pro ar! Mostrando que as certezas nem sempre são definitivas. Diana estava em um salão de beleza. Uma noiva, madrinhas e daminhas de honra se preparavam para o grande dia. A princesa não trocou palavras com a noiva mas seus olhos e ouvidos em silêncio captavam a ansiedade e sonhos da jovem prestes a dizer SIM. Sei que esses rituais já não encantam como antes Diana. O que antes soava como eterno agora parece ser efêmero. Um castelo de areia que pode desmoronar a qualquer momento. Quase todas as mulheres sonham com este dia e devem sonhar mesmo. É uma sensação única. Indescritível. E vale muito a pena. Diana tenta não ouvir as expectativas da jovem mulher e por alguns instantes sente vontade de dar conselhos a ela... Intercedo. Levo minhas mãos até o rosto da minha grande amiga e peço que ela descreva o mar de experiências que adquiriu nos últimos anos. Damos risada. Sim, são nos momentos em que nada dá certo que crescemos e passamos a enxergar a vida do jeito que ela é. Difícil e incrivelmente única. Com as decepções chega a plenitude. Uma sensação de liberdade. Você aprende a se amar em primeiro lugar SEMPRE. Diana aprendeu a receber o não. Algumas relações duram uma vida inteira e claro, a princesa gostaria de ter feito parte desse núcleo. Outras, sendo clichê, duram o tempo necessário para ser inesquecível. E esse tempo pode variar em dias, meses ou anos. Fato é que vamos continuar sentindo arrepios quando uma noiva entrar na igreja. De uma forma sutil, vivendo o "Só por hoje" e prontas para terminar e recomeçar quantas vezes for necessário. Diana entende agora que todo fim é obrigatoriamente um nova chance de ser feliz. Mulher nem homem nenhum no mundo merece ser infeliz. É preciso ter coragem para se jogar no novo. A felicidade não está no outro, está dentro de nosso espírito, coração e mente! Fica a dica: em todo fundo de um poço existe uma mola que pode te levar para o infinito! Nunca desista!  


quinta-feira, 15 de maio de 2014

Porque as coisas mudam...

  E não adianta que mudam mesmo. Devagar. Singelo. E aos poucos. A vida joga a gente para caminhos inesperados. Diana sempre foi o tipo de mulher que não gosta de planos. A "politicamente incorreta" em outras palavras. Se o certo estava à direita, ela sempre dava um jeito de descobrir o que existia do lado esquerdo. Nem sempre era "do contra" mas buscava cruzar ruas e avenidas perdidas por aí... Digo que este é o preço da escolha. Segurar as rédeas da própria vida e ser livre implica em assumir riscos. Errar, errar e errar nos dá a possibilidade de recomeçar quantas vezes acharmos necessário. Você pode ouvir opiniões e se remoer ou apostar pra ver no que dá. Alguns chamam de loucura. Acredito ser coragem. É mais fácil viver uma vida acomodada do que se jogar no desconhecido. Diana aprendeu a ser blindada. No corpo, coração e mente. Sua força aumenta nas decepções e desilusões da vida. E que novas páginas do livro sejam preenchidas. Desejo (com a convicção que se tornará realidade) que intensos e verdadeiros sentimentos preencham o coração desta nobre princesa. 

                         

domingo, 1 de dezembro de 2013

Os últimos vinte e poucos....

                                 

Fato que será a ultima vez que farei aniversário com o digito inicial 2. Isso me causa uma certa nostalgia. Engraçado como tudo está diferente do que imaginei. Achava que meus peitos estariam no chão de tanto amamentar. Nos meus finais de semana, roupas para lavar e passar. Jantar com casais e filhos. Conta bancária positiva o suficiente para dormir sem preocupações. Uma casa decorada com flores e fotos. Um cachorro de comercial (ok para este item). Dias felizes. Segura, com a sensação de plenitude. Risos... Só que tudo ao contrário. Você percebe então que a felicidade que tanto procurava está em tudo aquilo que nunca chamou atenção. Que o casamento dos seus pais é sim um conto de fadas mas não é seu. Que bebês são incríveis. Enchem a casa de alegria. Mas que o seu ainda está guardado. Que amores vem e vão. E que novas páginas são escritas cheias de aventura e emoção. Tão boas ou melhores que as anteriores. A imagem que você enxerga no espelho ainda é bela e jovem mas esconde marcas e cicatrizes que mudaram tudo. A saudade mistura-se com a culpa. Mistura com a impetuosidade. Com a coragem. Com a certeza que ser diferente te transforma em alguém especial. Aí então você entende que seus sonhos não são mais os mesmos. Nem gostos, nem vontades. Nem amizades, nem amores. Você compreende que tem um mundo nas mãos. Com escolhas, possibilidades, sempre com uma nova chance para recomeçar....


quinta-feira, 17 de outubro de 2013

A arte de viver


Sim, e quem disse que é fácil viver? Diana me pega pela mão e gentilmente faz carinho em meus cabelos. Sinto por um segundo que estou protegida e que nada mais pode dar errado. A princesa é uma das tantas partes de mim que se perderam pelo caminho. É uma parte doce, serena e que às vezes de tão segura me assusta. A vida muda a cada minuto e Diana sabe ser uma montanha russa em forma de gente. Ela bem sabe que colocar os pés pelas mãos pode ser a única alternativa. Não certa. Nem ao menos errada. Apenas a decisão sensata, não importa o fim. Ao ouvir suas lamentações percebo que a tragédia pode ser transformada em alegria. Que a comédia às vezes dói. E que não seguir regras traz maturidade e ensinamentos. Impossível não amar seu jeito de encarar um novo dia. Suas mudanças de humor e sua inconstância. Não me canso nunca de ouvi-la. Embora algumas histórias pareçam fantasias, me encho de orgulho pois sei que tudo é tipicamente coisas dela... Só dela. Incompreendida, julgada, amada e invejada. Sim. A normalidade cansa. O politicamente correto desinteressa. Na arte da vida, poucos conseguem compreender e aceitar que o amanhã vão volta mais. Tirar os erros e tropeços da história não muda a ordem dos fatos. Colocá-los em um liquificador e misturar tudo pode ser uma maneira de criar um sabor diferente para um nova aventura. Sim, Diana ainda é capaz de me surpreender.





sexta-feira, 31 de maio de 2013

A culpa é do Ferreira Gullar

"Sim. Eu me apaixonei por você. Não sei exatamente se foi pelo seu jeito passivo ou se foi pela sua enorme capacidade de ironizar, que eu ingênua, achava que era uma mania só minha. Talvez tenha sido a sua fragilidade. A maneira como você finge. Pode ter sido o seu medo. A sua falta de coragem em enfrentar o mundo e mostrar o que sente. Eu sei, é mais fácil se esconder atrás do personagem politicamente correto. Às vezes tenho a impressão que a minha mania de querer consertar o mundo tem culpa nisso. Tenho a utopia de acreditar em tudo. Minha vontade de ser importante para você me cegou. Meu corpo não suportou. Me entreguei cercada de falsas emoções. Mergulhei em um mar de expressões equivocadas sobre o amor. Quantas outras mulheres já leram o texto sobre o amor que eu achava que era só pra mim? OK. São só palavras que naquele minuto fizeram meu coração bater mais forte. Mas só por instantes. Boba fui eu que dei tanta importância. Não suporto ouvir seu telefone tocar. Perceber que está focado trocando mensagens com alguém que não sou eu. Detesto sentir ciúmes de você. Não sei mentir. Fingir. Inventar emoções. Não sei não me abrir. Não chorar. Não me expor. Sou assim. Meio fora de moda. Com gostos estranhos e particulares. Sou aquela que tem a certeza que não viverá por muito tempo mas o suficiente para ser feliz. O erro foi meu de pensar que poderia te fazer sorrir. Tirar toda a angústia do seu coração. Te mostrar o que é ser livre. Livre para ser, fazer, ir e agir. Sem temer fantasmas do passado sabe? Sem achar que está fadado ao fracasso, que não é capaz. A vida é muito curta para tantas dúvidas. Permanecer em cima do muro é puro medo. Achei que os meus sentimentos pudessem te transformar. Achei que pudessem ser de verdade. Não existe certo e errado. Existe o que nos faz feliz. E pra mim, esse é o caminho. Queria que lutasse pelo o que acredita e sente. O tempo não espera. Amanhã pode ser tarde demais. E não é por mim. É por você. Sim, eu me apaixonei por você. Mas não. Eu não te amo mais do que a mim mesma. Talvez tenha sido aquela troca de olhares em um sofá preto...ou talvez, como disse Ferreira Gullar, eu quis acreditar na mentira e por isso não mereço punição alguma."