terça-feira, 27 de março de 2012

Simples e necessária


Momento nostalgia. Entre um "chimas" e outro me perco pensando na vida. Idas e vindas que não param nunca. Músicas que entram em meus ouvidos formando um "playlist" sem fim. Tudo serve pra mim. Tudo combina comigo. Tudo parece ser mas ao mesmo tempo não é. Faço cara de desentendida. Esqueci as fórmulas corretas. Me perdi das incorretas. No momento me apego a cada novo segundo que chega como um raio de luz enchendo meu coração de esperança. E por aí seguem-se as páginas do interminável livro... blábláblá. Lá longe, caminhando em passos calmos e despreocupados, eis que vejo Elizabeth. Supresa. Há tempos não a via. Não tive notícias e também não procurei saber. Sei que ela não queria ser encontrada. Estou sentada sobre o meu chinelo para não sujar o shorts que tanto gosto. Minha querida amiga abre aquele sorriso feliz e senta-se ao meu lado. Cumprimentamo-nos com um gesto infantil que costumavámos ver em um programa de TV. Damos risadas de nós mesmas. Falo um pouco sobre mim. Logo deixo que Elizabeth tome conta da conversa. Procurei, procurei e não encontrei, ela diz. Aquele meu lado racional, correto, distante de críticas. Sabe de uma coisa? Gosto mesmo é dessa loucura toda. É na loucura que me descubro. Pergunto à minha rainha sobre seus amores.. ela dá um sorrisinho sarcástico. Enquanto eu, mera mortal me perco assistindo filmes clichês e romances baratos, ela, diz que não precisa de um rei à sua esquerda. PS: Balela, sei que é meia verdade. Elizabeth deixou um amor perder-se ao vento... ou melhor, guardado. Um amor que ela alimenta e que sozinho mantem-se. Que sobrevive de lembranças tão reais que o tempo não poderá acabar. Se la diz, eu acredito. Meu telefone toca. Tenho compromisso. Deixo Elizabeth sentada e me despeço feliz de que minha rainha voltou. Ela não sabe mas sua presença me traz a certeza que tudo ficará bem e que nada é tão ruim quanto parece.

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