segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Black Princess

Diana anda pensativa (novidade! rs). Não acho isso absurdo porque a cabeça dela nasceu pensando...rs. Diana diz que sua vida é levada por emoções. Ela diz: Muito hard por sinal! Precisava ser tanto? Caímos na risada. Minha amiga está sensível, está questionando a si própria e o mundo inteiro. Eu, no simples papel de ouvinte, peço pela milésima vez que ela tenha calma... muita calma. Peço em vão. Diana não é assim, nunca foi, nunca será. Creio que temos que respeitar as diferenças. Diana diz que quase nunca é compreendida. Seus pensamentos e vontades (um tanto quanto extremos) são realmente difícieis de serem entendidos. Ela me disse que nunca esperou que fosse compreendida. Nem é essa sua intenção. Diana nasceu para o mundo. Nasceu para viver. Para experiementar sensações. Nasceu para cair, levantar. Tentar de novo. E não deixar que nada abale suas convicções e valores. Diana não é o tipo de mulher que agüenta as coisas calada. Que não se envolve em discussões mesmo quando não é chamada. Digo que ela é bem intrometida por sinal, risos. Diana me diz que não quer fazer sua família sofrer. Ela diz que eles são os que mais sofrem de preocupação. Talvez seja porque eles te conheçam como ninguém, eu digo. Diana bem concorda comigo. Minha grande amiga, em uma sessão desabafo, conta que é muito difícil ter um vulcão dentro de si o tempo todo. Uma mente que não pára de ter idéias e o pior, coragem o bastante para executá-las. Sou obrigada a entender as preocupações dos pais de Diana. Explico para ela (como se não soubesse) que ter uma "Diana" como filha é uma árdua tarefa. Diana sabe que nasceu na família perfeita, com pais suficientemente iluminados e evoluídos para amá-la e respeitá-la sem julgamentos, imposições, hipocrisias e tudo mais que se vê por aí na maioria das famílias brasileiras. Diana sabe que exagera. Às vezes... de vez em sempre ela diz. Damos risada de novo. Diana ama tanto sua família, mas tanto, ela diz que dói. De tanto amor. A princesa sabe que poderá contar com eles para todo o sempre. Diana não acredita mais em conto de fadas, não acredita em verdade absoluta e sabe que a qualquer momento podemos cair de um degrau, às vezes alto, às vezes baixo. A única certeza que Diana tem é o amor de sua família (ganso pai, gansa mãe e gansa filha). Diana me conta que aprendeu a ser sozinha. A se amar sozinha. A viver sozinha e a sonhar sozinha. Não podemos criar sonhos e expectativas baseados nisso ou aquilo. Diana me conta que não sabe como, mas, as coisas acontecem.... muito rápido... na sua frente... basta que ela segure e vá atrás. Diana gostaria de ser essa princesa certinha, menininha, educada e dentro dos padrões adotados pelas sociedade de "normal". Seria mais fácil, ela diz. Enfim, Diana é tudo ao contrário. O otimismo leva a destemida Diana a não se contentar com mediocridades. Diana precisa viver, ao seu modo, do seu jeito, com suas frustações e medos, com seus sonhos e paixões e o resto do mundo que venha junto. Minha princesa Diana queria fazer sua malinha e correr para um novo caminho. Não existem caminhos errados, o caminho certo é aquele que escolhemos, ela diz. Sabe que eu concordo com isso? Diana sabe que tem o meu apoio SEMPRE. Onde quer que seja estaremos juntas. Diana me conta que começou a escrever um livro. Diana vai contar a sua história e mais de outras tantas mulheres que tiveram a "sorte" de se divorciar antes do 30 anos. Diana diz sorte porque antes divorciada aos 26 do que infeliz aos 30! Sou obrigada a dar muita risada e concordar com ela. Diana diz que esse livro vai incentivar várias mulheres que são casadas, infelizes e não tem coragem de encarar uma dura realidade. Preferem ficar no conformismo. Vai mostrar mais do que nunca a importância de valores na infância, de família mesmo. O que vivemos na infância, o que aprendemos e vivenciamos interfere diretamente na nossa vida adulta. Existem exemplos vivos em todos os lugares para que possamos autenticar essa tese. Exemplos contrários estão soltos por aí também. Só não vê quem não quer. Digo a Diana que admiro-a. Muito. Ela sempre arruma um jeitinho de ajudar alguém, seja lá quem for. Fazer o bem sem esperar nada em troca é uma grande virtude. Diana abre um sorrisinho envergonhado.... Enfim, preciso sair do meu papel de ouvinte porque tenho muitas coisas para fazer. Diana não quer que eu vá embora. Calma, tenho um monte de coisas para desabafar, ela diz fazendo charminho. Anote tudo em um caderno! Amanhã no mesmo bat-horário e bat-local estaremos juntas ok?  Me despeço, vou embora e vejo Diana de longe... sentada em sua janela balançando os pezinhos...

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