segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Pés cansados

Encontrei Diana perdida. Andando pelas ruas apressada sem saber direito para onde estava indo. Seu rosto estava sem cor. Havia tempos que ela não saia de seu quarto escuro. Diana estava em todos os lugares e ao mesmo tempo não estava em nenhum. Estava sempre rodeada de pessoas e sentia-se igualmente sozinha. Muito havia mudado mas o contraste permanecia, intacto, inatingível. Era uma ironia sem fim tentar compreender algo que não possuia explicação. Como alguém que tudo tinha para dar certo podia dar tudo errado? Como ter tanto sentimentos dentro de si e ao mesmo tempo não sentir nada? Como tantas lágrimas e tanta dor podia tomar conta daquele corpo pequeno e magro? Diana precisa de um caminho. Precisa de vida. Não acredito que ela está condenada como pensa que está. Deve existir uma luz. Um milagre. Que tipo de princesa nasceu para o fracasso? Isso foge dos livros e contos de fada. Princesas são fortes, são guerreiras. São independentes e decididas. Como eu poderia explicar para a Diana que ela é tudo isso. Palavras me faltam. Ela não sente nada, não escuta, não vê e tão pouco se importa. Ela diz ser um fracasso, o mal em forma de humano. Algo destrutivo que faz as pessoas sofrerem. Diana me contou que disseram que isso é algum tipo de provação. Ela pede que eu explique. Passo aos mãos em seus cabelos e peço que respire. Isso há de passar...

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