quinta-feira, 7 de julho de 2011

E se...

Senti saudades de Diana nos últimos dias. Ela está sem tempo para mim (faço cara de chateada). Não importa, sei que ela está vivendo, à sua maneira, do seu jeitinho mas vivendo. E assim os dias seguem e o tempo voa. Saudade é algo que sentimos o tempo todo. É a única forma de fazer um instante durar para sempre. Frase feita e realista, diz Diana. Alguns momentos deveriam ser congelados e guardados dentro de um cristal, bem protegido, para que jamais alguém pudesse tocar, só nós mesmos. Diana me pergunta se acredito em amor à primeira vista? Respondo não sei, nunca parei para pensar nisso. As relações humanas cada dia ficam mais efêmeras e superficiais que esse assunto soa como conto de fadas. Diana dá um sorriso meigo, daqueles que quer dizer alguma coisa mas não diz, sabe? Segundo ela, detalhes ficam implícitos no olhar, pra quê dizer algo? No meio a risadas, histórias e goles de vinho, batemos papo sobre nossos sentimentos e sonhos e sou surpreendida com um zilhão de perguntas da guria Diana.
1. E se você não acreditasse em amor à primeira vista?
2. E se você tivesse que ficar disfarçando, fingindo que você não estava olhando pra ele o tempo todo; que você não queria falar com ele; que, quando falava, não queria parar; que não queria tirar a roupa dele, levar ele pra casa, passar a noite com ele e não sair mais do quarto? 
3.E se, olhando mais de perto, ele mostrasse ser uma reunião de tudo o que você sempre quis, e dessa vez sem licença poética?
4. E se ele fosse carinhoso, atencioso, bonito, responsável, inteligente, engraçado, sensual, charmoso, simpático,meigo, doce e corajoso?
5. E se, não bastasse ser tudo isso, ele também não acreditasse em amor à primeira vista?
6. E se, não fosse tudo isso suficiente, ele te abraçasse como se não quisesse acordar deste sonho ou como se não quisesse te deixar ir embora nunca mais? 
7. E se ainda dormindo, ele puxasse seu braço pra cima dele feito um cobertor que te aperta forte, como se quisesse ficar ali com você pra sempre?
8. E se tudo isso fosse verdade?
9. E se tudo isso realmente tivesse acontecido?
10. E se aconteceu, e eu estou contando isso só pra poder, mais uma vez, me lembrar dele nos mínimos detalhes?
Bom, fico sem entender nada e realmente não sei em que ordem respondo as perguntas de Diana. Pergunto se ela tirou essas indagações dos livros que leu, das histórias que ouviu, das bebedeiras, das loucuras de sua mente ou sei lá de onde. Diana cala-se por alguns instantes. Fico sem entender e espero ansiosa por uma resposta. Diana responde: perguntei porque precisava saber se todas esses questionamentos são fruto da minha imaginação ou apenas momentos de êxtase, coisas pelas quais eu gostaria de sentir e de viver. Respondo: talvez sejam apenas ilusões, pensamentos soltos, sonhos perdidos em noites em claro.... Diana concorda comigo. Pode ser tudo. Como pode ser nada. Vejo um lindo sorriso surgir do rosto quadrado da minha amiga e me despeço dela como sempre: durma bem, amanhã é outro dia.  


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