quarta-feira, 15 de junho de 2011

A ficção imita a vida real

Minha amiga Diana anda melhorando a cada dia. Seu olhar está voltando a brilhar e a verdadeira Diana que conheço logo estará de volta para o convívio de todos. Ela me diz que ainda está de luto. A dor ainda existe, permanece fixa, dolorida. A ferida continua inflamada. Diana é especial. Tem muitas enfermeiras, enfermeiros, auxiliares e médicos à sua disposição. Digo a ela que a dor vai existir durante um longo tempo mas que com o passar dos dias ela irá se acostumar. Ninguém sofre eternamente né? Ainda mais Diana... hunft! Logo ela! Aos poucos Diana volta ao mundo real e encara seus amigos que claro, querem vê-la, querem estar perto, querem ajudá-la da maneira que podem. Hoje outra amiga de Diana, a Jac veio visitá-la. É engraçado como no primeiro instante todos tomam um choque! Ficam perplexos! Assustados. Diana se acostumou e até brinca com a situação. Digo à ela que foi bom esse afastamento. Agora finalmente Diana consegue falar abertamente sobre sua vida. Sua dor. Diana aprendeu a lidar com ela da melhor forma possível. É fato que Jac ficou feliz em ver sua amiga de faculdade Diana. O choque se tranformou em alegria quando a amiga viu o olhar de Diana. Aquele olhar de sempre, curioso, atento, brilhante e com vontade de viver. Apesar dos pesares, Diana voltava a ser como antes. Voltava a ser a verdadeira Diana. As amigas assistiam a novela e comentavam com a novela imita a vida real. E olha que Diana não tinha pensado nisso? As duas caíram na gargalhada... hahaha. Diana diz que só podia viver em um mundo fake para não ter percebido a "mera" coincidência. No meio da conversa com Jac, Diana recebe um e-mail de um grande amigo do seu antigo trabalho. Lágrimas correram pelo seu rosto quadrado e moreno... Poxa, Diana realmente via que a saudade que ela sentia dos amigos era recíproca. A amizade é concreta. Diana chora mais um pouco. Digo à ela que estava na contagem achando que esse seria o segundo dia que ela ficaria sem chorar... perdi. Diana chorou! Caímos na risada e eu digo à ela que esse choro vale. Esse choro é de felicidade. Alegria. Saudade de amigos, confidentes, companheiros. Saudade de pessoas que realmente valem a pena. Jac se despede da amiga. Engraçado como amizades verdadeiras nunca mudam. Parece que a Jac estava na sala da faculdade ontem, diz Diana. Os corpinhos podem estar distantes mas a sintonia é tamanha e pode ser sentida na alma e no coração. Diana fecha seu olhos grandes e pretos feitos jabuticabas (já dizia seu vô). Minha amiga se aconchega no sofá da sala e faz uma oração... fico ouvindo de longe... Diana dorme lindamente (mesmo com um bobe na cabeça...rsrsrs).

Um comentário:

  1. Ei, por favor, diga a Diana que eu a amo! Sentimento que com o tempo consigo entender melhor, pois no começo não sabia o que me fazia admirar tanto essa pessoa, uma luz e um amor que não se encontram facilmente por ai. Até conhecer sua família. Hoje sei que um lar estruturado faz toda a diferença. E finalmente pude sentir o que é uma família feliz.
    Quando a vi adentrar maravilhosamente linda e irradiante naquela igreja, não entendia pq não conseguia me controlar e parar de chorar, uma emoção sem tamanho tomou conta de mim, era visível mas inexplicável. Hoje, e só agora, sei que era a vontade de ver e fazer Diana feliz! Um sensação mto parecida tomou conta de mim qnd recebi a ligação dela me dizendo tudo o que havia acontecido, dps de algumas dezenas de dias distantes. Chorei, muito, naquela noite durante toda a viagem de volta do trabalho. Não pudia acreditar que toda aquela idealização de um sonho, que era meu tb, acabou. Minha amiga Diana, sinceramente, não merecia passar por isso. A vontade, naquela noite, era de tentar reverter tudo. Na noite seguida, foi ansiosamente, encontrá-la. A mesma menina com alma de mulher. E dps de algumas horas de conversa, fui embora aliviada por constatar que a força dela é tão grande que nada abalou sua estrutura, o que me fez acreditar que foi melhor assim. A doçura é a msm. Só fez aumentar minha admiração por ela.
    Um beijo enorme e um abraço quente da amiga da faculdade, que mais quer ser uma irmã, Jac.

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