segunda-feira, 30 de maio de 2011

Um triste história

Diana acordou chorosa. Aos poucos ela vai se dando conta de que realmente o pesadelo que vive não é bem um pesadelo, e sim um alívio. O carinho e amor que recebe todos os minutos têm feito a pequena grande mulher agradecer a Deus por sua fantasia ter durado apenas 6 meses e 1 dia. É duro acordar. Dói. Mas é como sempre digo à ela, quem faz o bem só recebe o bem de volta. A vida é cíclica. O mundo gira e cada um passa por aquilo que precisa passar. Pego na "grande" mão da minha amiga amada Diana e saímos para bater mais um papinho. Diana não quis contar mais uma história de suas peripércias.... Ela precisava contar o drama de um amigo. Amigo esse que amava muito mas que não sabia como ajudá-lo. Diana conta e enche a boca para falar de sua infância divertida, das maluquices que aprontava, das confusões e de tudo mais que ela viveu intensamente. Diana me pergunta então: Você pode imaginar o que é uma criança sem lembranças da sua infância? Um criança que simplesmente deletou de seu subconsciente anos e mais anos? Um criança tomada de frustações e medos? Destesto dizer isso, mas senti pena desse menino. Diana sentia a mesma coisa. Ela comenta que sentia vontade de pegá-lo no colo, colocá-lo na cama deitadinho de lado como sua mãe fazia e fazê-lo dormir.... Tudo o que Diana desejava era ensiná-lo a amar, transferir um pouco de tudo o que viveu para ele. Diana fala que o menino tem um olhar triste, perdido, sozinho. Ela comenta que a coisa mais triste da vida é não sentir-se amado. Não receber carinho. Não saber verdadeiramente a benção que é uma família unida. Ela me explica que unida para ela não é ver de vez em nunca, mandar dinheiro ou falar no telefone para saber se estar tudo ok. Amar pai e mãe todos amam. Ser unido para Diana é saber se relacionar com as pessoas amadas. Olhar no olho, pegar nas mãos, abraçar, ser amigos uns dos outros e dizer tudo o que tiver vontade de dizer, seja bom ou ruim. Diana chora contando-me. O grande menino não sabe o que é isso. Nunca irá saber. Jamais poderá entender e infelizmente não quer que isso faça parte de sua vida. Diana chora. Chora de pena e decepção. Sua alma fica esmagada e tudo o que ela mais deseja é que esse menino viva em paz. Eu abraço-a novamente e digo: Quantas vezes queremos ser bons e amáveis, e vemos destruídos nossos propósitos de virtude. Ser bom com quem é bom não é vantagem. O heroísmo consiste, justamente em ser bom com quem é mau. Em permanecer calmo diante de pessoas infelizes. Em ser generosos com as pessoas esquistas. Diana me olhou supresa. Diana, minha grande amiga Diana..... você sabe ser boa, você é boa. Viva a bondade e demonstre exatamente com aqueles que não tem conhecimento, e provavelmente nunca terão. Esqueça esse menino, deixe-o de lado. Você fez tudo o que podia por ele. Diana entendeu, sorriu e apertou-me com um forte abraço, daqueles que ela costuma dar quando está feliz. Diana está mudando. E eu, mudo todos os dias com ela. O menino, pobre criança. Em algum momento da vida ele verá que está sozinho e que sempre foi. Um dia a criança será adulta e idosa. Triste pensar nesse menino sozinho. Olho nos olhos de Diana e digo: não pense nisso. Cada um segue o caminho que preferir. O menino que adora solidão, sozinho sempre será. Não sinta pena. Apenas o despreze e deixe-o seguir seu caminho solitário. Diana concorda. Ela é uma garota inteligente...risos.

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